domingo, 5 de dezembro de 2010

The Pretty Reckless - Zombie

    Devo admitir que estou deveras surpreendida com os dotes musicais da Taylor Momsen. Adorei a sua intensidade acústica, embora reconheça algumas falhas. Ainda assim, tem uma voz fantástica. 
    The Pretty Reckless: acabaram de ganhar uma fã. 

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Ad Astra

      
      Ordinariamente abres os olhos e não identificas o teu próprio reflexo, falas e a tua súplica soa-te insondada, conheces e por rompante desconheces. 
      As sombras que dançam à tua volta, apenas dançam e o tempo pára para te observar (detém-se somente para ti porque o mundo é teu, pertence-te). 
      Só enxergas silhuetas pelos confins do recanto a que te aprisionas e todas elas parecem distantes. Queres sorrir e sorris com inocuidade sem perceber porquê mas percebes que um sorriso vale a pena.
      O desejo de voltar a casa assola-te mas não consegues desvendar o seu paradeiro. Queres voltar a casa mas não está lá ninguém, por isso voltas a cometer os mesmos erros.
      Egoísta, admites que o foste e reconheces que não corresponde à métrica. Agora, vagueias num espaço que não te pertence porque o teu se dissimulou e procuras o caminho para casa.
      Quando o sorriso se apaga do teu rosto, as lágrimas percorrem trilhos curvados na procura dos teus olhos porque eles guardam o mundo; estas são então forçadas a enfrentar a tua força que as seca e as batalha, contudo, há então o momento em que a tua respiração desacelera e deixas a tua guarda para trás; foges com elas e com elas deixas um brilho triste nos teus olhos. O coração chora contigo, não consegues encontrar os teus sonhos e queres desistir.
      Entretanto, lembra-te: a força em ti nunca falece, só adormece; sentes-te rejeitada pelo mundo mas lembra-te que uma vez também o rejeitaste, antes de ser teu.
     Achas o mundo bonito mesmo sem o conheceres, acreditas no bem mesmo que vulgarmente encontres o mal. O mundo é teu, não o conheces mas ele brilha nos teus olhos. Pertence-te mesmo quando o deixares porque uma vez o conquistaste, não com feitos heróicos como Hércules fez mas sim com a tua existência que nada de novo nos ensinou mas que uma vez provou que amar um sorriso vale mais do que conquistar impérios e nações.
     As quimeras que te enganam desfazem-se quando abres os olhos e mesmo que não reconheças o teu reflexo, a tua voz e o teu saber, és tu. És tu mesmo quando não te reconheces porque mais ninguém o pode ser por ti nem nunca o serás por ninguém.
     Quando te disseram que ias perder, perdeste sim mas acabaste por ganhar algo mais. Podes ter perdido muito mas ganhaste algo que ninguém te pode tirar, o mundo.