domingo, 28 de novembro de 2010

Asas sem represálias


uma brevíssima dissertação sobre a essência da "Liberdade"

      Notoriamente o tema “Liberdade” evoca, conotativamente, uma analogia trivial entre o Homem e o céu: aglutinações com elementos celestiais como as asas e a sensação de poder voar, sem limites e sem rumo. Socialmente, assenta na harmonia das relações e filosoficamente debruça-se sobre a ausência de submissão, de servidão e de determinação, ou seja, qualifica e constitui a condição dos comportamentos humanos voluntários. 
      Como modular, então, este conceito?

      Numa tentativa de conciliar o plano histórico que rege a máquina do mundo e a liberdade, podemos discriminar esta como sendo uma acção subjectiva em virtude de condições objectivas. Isto é, a História no seu plano mais imparcial, pois a liberdade sempre foi, ao longo dos tempos, proclamada como um instrumento libertador para todas as opressões humanas. Releve-se o exemplo mais exímio, a Revolução Francesa, a luta pela libertação da opressão da sociedade de ordens.

      Entretanto, resta tentar compreender e discernir se a liberdade se refere a um desejo ou a um estatuto personificado. Clarifique-se de imediato que a liberdade é deserta de átomos, e portanto, impossível de aprisionar materialmente e assim, remete-se para um desígnio mais abstracto de desejo e/ou sensação. De uma maneira muito generalizada poderá dizer-se que a liberdade é a autonomia e a espontaneidade de um sujeito racional. É querer e poder.

      Contudo, se estamos todos muito bem preparados para reclamar liberdade para nós próprios, menos dispostos parecemos para reclamar sobretudo liberdade para os outros ou para lhes conceder a liberdade que está em nosso próprio poder. Se reconhecêssemos melhor a máquina do mundo, talvez descobríssemos que muita tirania se estabelece fora de nós como se fosse a projecção ou como sendo realmente a projecção das linhas autocráticas que temos dentro de nós. Frequentemente nos queixamos dos ditadores que nos oprimem ou que nós mesmos somos para os outros e até para nós próprios mas também frequentemente nos esquecemos que vivemos reprimindo todas as tendências que nos parecem pouco sociais ou pouco lucrativas. Assim, distingue-se uma dualidade comum humana, entre as nossas linhas interiores autocráticas e o desejo de liberdade.

      Em jeito de conclusão, a liberdade é metafísica, ou seja, é relativamente delicado definir onde reside mas, uma coisa é certa, a liberdade e o Homem revelam um uma relação inalienável de sinonímia, isto é, a liberdade reside no homem e só a partir dele é que se difunde no mundo. É a sua subjectividade que influencia a objectividade no mundo e daí deriva o seu estatuto de bem essencial como instrumento regulador da vivência em sociedade. A liberdade não consiste somente em fazer o bem, é preciso errar conjuntamente. Cabe a cada um de nós continuar a acreditar na libertação da opressão e no sentimento de felicidade e tranquilidade que esta anexa para que possamos desenhar as nossas asas sem represálias.

      Lembrando Rousseau: “São a força e a liberdade que fazem os homens virtuosos. A fraqueza e a escravidão nunca fizeram nada além de pessoas más".


sábado, 27 de novembro de 2010

Ode do Tejo




Ainda hoje encantas com o sol que te abrilhanta,
És natureza, és História, és a glória,
És a glória de um povo que nunca te esquece,
E por isso, eu canto para ti.

Tejo, da eterna quimera nasce a miragem,
E tu emparelhas uma miragem soberba,
Retratos de viagens, descobertas e conquistas,
És o esplendor de um país grandioso que sobre ti se ergueu.

Assim, quero escutar o horizonte em meu contorno,
Quero ser o pássaro que voa mas não sabe voar,
Quero saborear o horizonte em ampla calma,
E pouco a pouco aprender a navegar.

Quiçá, fui conquistada pelo mar na ataraxia,
E pelas suas ondas suaves que ecoam no meu pensamento,
Quiçá, fui seduzida pela maresia na sua plenitude,
E pela sua liberdade em pleno absorvimento.

Sinto que tenho três tecidos de pedra em cima de mim,
Mas quero crescer e ser grande,
Quero correr e viver o mundo,
Para aprender a ouvir o vento a jusante.

Tejo, por fim te confesso,
Sou como um rio que não te corre pelas veias,
Pois sou também o barco que te navega.

Sou a naturalidade que primordialmente delineias,
Sou Portugal. 

Celui-ci qui n'avait jamais vu la mer

une fin alternative, ma fin de l'histoire

    Daniel était couché dans le sable réchauffée par le soleil quand subitement une ombre l’a couvert. Il s’est mis en pied rapidement et un peu embarrassé avec cette présence inattendue. Il a vu une fille.
    Sans savoir quoi dire, Daniel a regardé la fille pendant elle ouvrait un grand sourire. Enfin, elle a dit:
    «Salut. Je m’appelle Honorine. Comment tu t’appelles?»
    «Daniel, je m’appelle Daniel.»
    «Puis, est-ce que tu aimes la mer?»
    «J’aime seulement cette mer.»
    Honorine a souri et par plus bizarre qu’il était, Daniel a sentit qu’il pouvait confier en Honorine.
    Lentement, Daniel a commencé à parler sur la beauté de cette mer et Honorine l’a écouté avec beaucoup d'attention. Il a entendu que cette fille était différente de les autres parce qu’elle était capable de l’écouter sans s’ennui et par la première fois, il a pensé que finalement il pouvait avoir une amie, une amie capable de le comprendre. 

     Les vagues éclataient un peu loin et la mer reflétait l'image du ciel, très bleu. Le soleil brillait. Daniel pensait très fois en retourner à la mer et jouer avec l’eau mais maintenant il avait curiosité en savoir un peu sur Honorine.
    «Où sont tes parents, Honorine?»
    «Oh… ils ne sont pas présents, non ici. J’habite près mais je n’aime pas rester dans ma maison ou dans les cours. Je passe les jours en regardant la mer.»
    «Et tes amis?»
    «Je n’ai pas des amis…dans m’école je suis connue comme ‘La fille de la mer’…Personne a intérêt en parler avec moi.»
    «Oh, je peux être ton ami.»
    Honorine a souri et avec un bruit sourd Daniel a sentit un grand tiraillement. Il a ouvert ses yeux et il était seul dans le sable.
    «Il était un rêve» - a pensé Daniel.
    Mais rapidement Daniel a regardé la fleur qui Honorine a eux tombé à son coûté. Très embarrassé, Daniel a gardé la fleur et pensé: «J’ai une amie, la fille da la mer».



dévoué à ma chérie Andreia Paiva