sábado, 27 de novembro de 2010

Ode do Tejo




Ainda hoje encantas com o sol que te abrilhanta,
És natureza, és História, és a glória,
És a glória de um povo que nunca te esquece,
E por isso, eu canto para ti.

Tejo, da eterna quimera nasce a miragem,
E tu emparelhas uma miragem soberba,
Retratos de viagens, descobertas e conquistas,
És o esplendor de um país grandioso que sobre ti se ergueu.

Assim, quero escutar o horizonte em meu contorno,
Quero ser o pássaro que voa mas não sabe voar,
Quero saborear o horizonte em ampla calma,
E pouco a pouco aprender a navegar.

Quiçá, fui conquistada pelo mar na ataraxia,
E pelas suas ondas suaves que ecoam no meu pensamento,
Quiçá, fui seduzida pela maresia na sua plenitude,
E pela sua liberdade em pleno absorvimento.

Sinto que tenho três tecidos de pedra em cima de mim,
Mas quero crescer e ser grande,
Quero correr e viver o mundo,
Para aprender a ouvir o vento a jusante.

Tejo, por fim te confesso,
Sou como um rio que não te corre pelas veias,
Pois sou também o barco que te navega.

Sou a naturalidade que primordialmente delineias,
Sou Portugal. 

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